sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Coletiva de imprensa: Callejón

"Sim, Messi chamou Karanka de 'boneco de Mourinho'"




Callejón compareceu a coletiva hoje e falou sobre diversos temas. O madridista confirmou que Messi provocou Karanka e que esperou Arbeloa no estacionamento. O lateral também fez questão de afirmar que os jogadores estão totalmente ao lado de Mourinho.

Escutou algo do que Messi disse para Karanka? E sobre a provocação do argentino com o Arbeloa?
Vi o que aconteceu porque eu estava atrás do Karanka. É normal que dentro de campo, no momento de disputa, é normal ouvir insultos, dizemos coisas que nos arrependemos. Porém, que um companheiro de profissão fique esperando uma hora e meia depois de uma partida para se encontrar com um adversário e sua mulher, é demais. Nem os bons são tão bons e nem os maus são tão maus.

Há um ano criticaram Mourinho por esperar a um árbitro no estacionamento. Acha que a imprensa protege Messi por não tratar o assunto da mesma maneira de como foi com Mourinho?
A situação de Mourinho foi completamente diferente. Eu só vi uma foto em que ele estava esperando perto de nosso ônibus, não vi uma foto com o árbitro ou nada parecido.

O ambiente melhorou depois da partida contra o Barcelona?
Foi importante. Está claro que o jogo foi muito bom, se viu muito futebol. A imprensa mundial falou de um espetáculo com duas grandes equipes. Nos esforçamos muito, eles saíram na frente e corremos atrás para empatar e tentar ganhar. A eliminatória está aberta, todos demos nosso máximo.

O que acha sobre a declaração de Alves sobre os canticos racistas no Bernabéu? 
O único clube que sofreu em toda a sua história muitos insultos foi o Real Madrid, é um tema incontrolável. Acontece na Espanha e em todos os países e é extremamente lamentável.

Sobre o próximo jogo contra o Granada
Será uma partida muito difícil. Eles fizeram duas ou três contratações muito boas, é um time que precisa de pontos, por isso saíram a 200%, como todas as equipes que jogam contra o Madrid. Tentaremos ganhar, temos que somar pontos e diminuir as distancias.

Como está Adán?Está trabalhando bem. É uma situação complicada ser goleiro do Madrid. Mas ele é plenamente capaz de estar nessa posição, se trabalhar bem as coisas acontecem.

E Varane?
Todos viram, e isso com apenas 19 anos... é um jovem, precisa aprender muitas coisas, mas está num momento muito bom e é muito importante para a equipe. Está demonstrando o bom zagueiro que é.

Karanka disse que Diego López havia transmitido uma grande tranquilidade, vocês se sentem mais tranquilos com ele?
Estamos tranquilos porque é um goleiro com experiência, transmite essa tranquilidade e segurança, porém Adán e Iker também.

Você viu o outro lado de Messi?
Existem situações em que as coisas saem do normal. Em um campo de futebol se podem dizer várias coisas, porém elas ficam ali dentro. Não tenho muito o que comentar a situação de Messi com Arbeloa porque é demais.

Conseguiu notar uma evolução nesses anos em que jogaram contra o Barcelona?
Vejo claramente uma melhoria. É sempre complicado jogar contra eles, pela posse de bola, mas estamos melhor quando chegamos ao ataque, estamos jogando muito bem. Tentaremos seguir assim no jogo de volta da Copa.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013



O Madrid saiu vivo do Clássico e o Barcelona deixou o Bernabéu com uma sensação de que deixou escapar um bom resultado. O gol de Cesc tem um valor maior, porém o de Varane serve para reconstruir a autoestima de uma equipe que poderá aproveitar o tamanho do campo em Barcelona para utilizar a velocidade de Ronaldo. Poderíamos afirmar que a partida repetiu a emoção de tantos e tantos Clássicos, porém não seria justo. Além de tudo, nasceu uma estrela: Raphael Varane.

O zagueiro francês de 19 anos colocou sua roupa de super herói e empatou um jogo que estava nas mãos do Barcelona. Em plena angústia madridista e com um rival tendo uma oportunidade atrás da outra, Varane apareceu no ataque e cabeceou um passe do Özil, mas não de modo acidental, foi uma perfeita combinação de técnica e força, indefensável.


"É um sonho poder fazer isso com 19 anos,  é incrível"
Raphael Varane, zagueiro do Real Madrid


Entretanto, Messi e Cristiano duelaram muito próximos, porém sem o brilho de sempre. Mas a história não começou assim. A saída do português foi arrasadora: cercou a área, forçou um cartão amarelo em Piqué e deixou sempre aquela sensação de gol. O que atrapalhou foi o desenrolar do jogo, porque o Barcelona cresceu e os espaços foram desaparecendo. O caminho de Messi foi o inverso. O argentino começou lento e foi melhorando, mas sempre com um jogador do Madrid marcando em cima, deixando-o sem opção de uma grande jogada ou de chutes perigosos.

O Clássico não saiu perdendo. Esse duelo é muito grande e intenso para depender de apenas dois jogadores, mesmo eles sendo os melhores do mundo. O Clássico continua sendo o mesmo: o maior e mais imprevisível espetáculo do planeta.